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Salmo 62

Deus, Deus meus, * ad Te de luce vígilo.

Ó Deus, ó meu Deus, * a Vós vigio desde a aurora.

Sitívit in Te ánima mea, * quam multiplíciter tibi caro mea.

De Vós está sedenta a minha alma, * de quantas maneiras a minha carne.

In terra desérta, et ínvia, et inaquósa: * sic in sancto appárui tibi, ut vidérem virtútem tuam, et glóriam tuam.

Em terra deserta, intransitável e sem água: * no santuário me apresentei a Vós, para contemplar o vosso poder e a vossa glória.

Quóniam mélior est misericórdia tua super vitas: * lábia mea laudábunt Te.

Porque a vossa misericórdia é melhor que as vidas: * os meus lábios Vos louvarão.

Sic benedícam Te in vita mea: * et in nómine tuo levábo manus meas.

Assim Vos bendirei em minha vida: * e, invocando o vosso nome, levantarei as minhas mãos.

Sicut ádipe et pinguédine repleátur ánima mea: * et lábiis exsultatiónis laudábit os meum.

Como de banha e gordura seja farta a minha alma: * e com lábios de júbilo louvar-Vos-á a minha boca.

Si memor fui tui super stratum meum, in matutínis meditábor in Te: * quia fuísti adjútor meus.

Se me tenho lembrado de Vós sobre o meu leito, nas madrugadas meditarei em Vós: * pois fostes o meu defensor.

Et in velaménto alárum tuárum exsultábo, adhǽsit ánima mea post Te: * me suscépit déxtera tua.

À sombra de vossas asas me regozijarei, a minha alma está presa a Vós: * a vossa dextra me acolheu.

Ipsi vero in vanum quæsiérunt ánimam meam, introíbunt in inferióra terræ: * tradéntur in manus gládii, partes vúlpium erunt.

Eles em vão procuraram tirar-me a vida, entrarão nas profundidades da terra: * serão entregues ao poder da espada e virão a ser presa das raposas.

Rex vero lætábitur in Deo, laudabúntur omnes qui jurant in eo: * quia obstrúctum est os loquéntium iníqua.

Entretanto o rei alegrar-se-á em Deus, louvados serão todos os que juram por Ele: * pois foi fechada a boca aos que proferiam iniquidades.