Salmo 136
Super flúmina Babylónis, illic sédimus et flévimus: * cum recordarémur Sion:
Junto dos rios da Babilónia, ali nos assentámos a chorar: * lembrando-nos de Sião:
In salícibus in médio ejus, * suspéndimus órgana nostra.
Nos salgueiros que lá havia, * as nossas harpas pendurámos.
Quia illic interrogavérunt nos, qui captívos duxérunt nos, * verba cantiónum:
Os mesmos que nos tinham levado cativos pediam-nos, * palavras de canções:
Et qui abduxérunt nos: * Hymnum cantáte nobis de cánticis Sion.
Os que à força nos tinham levado diziam: * cantai-nos um hino dos cânticos de Sião.
Quómodo cantábimus cánticum Dómini * in terra aliéna?
Como poderíamos nós cantar o cântico do Senhor * em estranha terra?
Si oblítus fúero tui, Jerúsalem, * oblivióni detur déxtera mea.
Se me esquecer de ti, ó Jerusalém, * ao esquecimento seja entregue a minha direita.
Adhǽreat lingua mea fáucibus meis, * si non memínero tui:
Apegue-se-me a língua à garganta, * se eu me não lembrar de ti:
Si non proposúero Jerúsalem, * in princípio lætítiæ meæ.
Se não propuser Jerusalém, * como o início da minha alegria.
Memor esto, Dómine, filiórum Edom, * in die Jerúsalem:
Lembrai-Vos, ó Senhor, dos filhos de Edom, * no dia de Jerusalém:
Qui dicunt: exinaníte, exinaníte * usque ad fundaméntum in ea.
Que diziam: arrasai, arrasai * até aos alicerces.
Fília Babylónis mísera: * beátus, qui retríbuet tibi retributiónem tuam, quam retribuísti nobis.
Ó desgraçada filha da Babilónia: * bem-aventurado o que te der a paga do que nos pagastes.
Beátus, qui tenébit, * et allídet párvulos tuos ad petram.
Bem-aventurado o que agarrar, * em teus filhinhos e os despedaçar contra um rochedo.